Santa Casa: Comissão de Humanização do Hospital retomou o Projeto Cãoterapia

 

Na última semana, quem passou pelos corredores da pediatria da Santa Casa de Campo Grande se deparou com uma visita para lá de especial. A Comissão de Humanização do Hospital retomou, no dia 11 de junho, o “Projeto Cãoterapia”, que como o próprio nome já diz, consiste em levar cães treinados para visitarem os pacientes internados. Iniciado em 2018, o projeto parou na pandemia e retornou agora, em 2024.

 

Adultos ou crianças, quem passava pela Lôla não hesitava em fazer um carinho nos pelos dourados da cadela de raça Coker Spaniel. Meiga e dócil, Lôla fica visivelmente feliz em visitar os novos amigos.

 

A médica veterinária e tutora do animal, Thaís Dembogurski, conta que desde quando a adotou percebeu a docilidade da cadela. “Ela sempre foi boazinha, está sempre perto de mim e é obediente. Fiquei muito contente quando fui chamada para participar do projeto com ela”, conta a veterinária.

 

Depois de muito caminhar pelas dependências do hospital Lôla parou para descansar e se refrescar. Vicente Marchesi, de 7 anos, ficou encantado em oferecer água ao animal. “Gostei muito de passar a mão e dar água para ela. Eu não tenho medo. Ela é mansinha”, destacou o menino.

 

O primeiro dia de Cãoterapia foi de superação para Jorge Jara Meaurio, de 11 anos. Internado na Santa Casa após ter sido atacado por um cachorro da raça Pit Bull, Lôla foi o primeiro animal que a criança teve contato após o susto que levou. Emocionada, a mãe fala da superação do filho que teve o braço bastante machucado por conta das mordidas. “Foi um susto enorme. O cachorro da vizinha avançou enquanto ele brincava. Meu filho corria o risco de perder o braço”, relembra Benigna Jara.

 

A terapia assistida por animais é uma realidade em vários países. O relacionamento entre pacientes e animais influencia no tratamento e na recuperação de quem está internado. Na Santa Casa as visitas acontecem três vezes na semana e são supervisionadas pela enfermeira das comissões técnicas, Wilca Gregório. “Como o nome diz, eles são terapêuticos. Vemos a alegria em todos quando estão aqui. Todos saem da rotina, pacientes, acompanhantes e os profissionais. Acaba sendo uma terapia onde todos se beneficiam”, pontua.

 

A terapia com cães e outros animais de estimação resulta em benefícios físicos e mentais para os pacientes. Contudo, não é todo cachorro que pode ser um cão terapeuta. “É preciso ser dócil, estar com as vacinas em dia e tomar banho antes de fazer a visita”, explica Wilca.

Gastronomia E+

Saúde

Proteína: 7 perguntas e respostas para garantir um consumo adequado